Não bastasse a desinformação nas cidades Brasil adentro – pesquisas apontam que a maioria da população não entende as mudanças na Previdência, não as aceitam e não compreendem o tamanho da importância para as contas do Governo – os deputados sofrem pressão diária, e presencial, dos servidores públicos e suas associações na Câmara Federal. O clima piora entre os militares. Mesmo assim, esses grupos encontram dificuldades para recolher assinaturas dos parlamentares para mudanças na PEC.
Entre as “injustiças” da reforma, os servidores questionam a desconstitucionalização das regras, a idade mínima, a transição, a pensão por morte e as alíquotas progressivas de contribuição.
O Regimento da Câmara estabelece que são necessárias assinaturas de, no mínimo, um terço dos deputados (171) para que emendas sejam protocoladas na Comissão Especial.
Os servidores têm procurado os insatisfeitos deputados do Centrão – PSD, DEM, PP, PR, PRB, Solidariedade – como aliados contra o Palácio para emplacar as emendas.
O alerta já foi dado por especialistas de dentro e em especial de fora do Governo: se a reforma não passar, em 15 anos 100% do dinheiro da União vai para aposentadorias.