O acirramento dos ataques ideológicos contra ministros do Supremo Tribunal Federal obrigou a Corte a aumentar em mais de R$ 1,3 milhão ano passado o investimento em segurança para os magistrados nas ruas, em casa e na sede do Poder Judiciário.
Levantamento da Coluna aponta que o STF desembolsou em 2022 quase R$ 10 milhões (R$ 9.756.120,43) com segurança privada para proteger as dependências e seus ministros. As rubricas cobrem despesas com empresas de guarda-costas e vigilância patrimonial. Em 2021, esse gasto foi de R$ 8.446.181,54. Alguns ministros transitam com seis guarda-costas.
Mas tanto investimento parece não surtir o efeito esperado dentro da própria sede. Tão vergonhoso quanto o vandalismo no STF foi o ataque moral à Corte engavetado pela administração em 2014: até hoje a Secretaria de Segurança e a PF não descobriram quem instalou uma escuta ambiental debaixo da mesa do ministro Luís Roberto Barroso. Estava desativada, revelada por este repórter.
Investigações entre portas apontam que o alvo era o inquilino anterior do gabinete, o relator do Mensalão do PT, Joaquim Barbosa. A escuta foi varrida para debaixo do tapete.